Eu, você e a até a Maria, dona de um pequeno restaurante perto da sua casa, estamos mais digitais. Prova disso são as inúmeras pesquisas mostrando essa realidade. Uma delas, publicada em meados de abril, é a Wave 6 - The business Of Social, considerada o maior levantamento sobre mídia social já realizado no mundo.
Durante seis anos - de 2006 a 2012 - 136 mil usuários ativos da Internet, oriundos de 64 países diferentes, foram analisados. O resultado, além de ser um retrato do mundo virtual, é uma "arma" para marketeiros e empresas em busca de vendas e relacionamento na Internet.
Sou mais digital
Um dado já esperado da pesquisa é o tempo gasto com as mídias digitais. Enquanto as pessoas despendem treze horas por semana na Internet, seja verificando e-mail ou visitando redes sociais, "gastam" apenas cinco com revistas e jornais. No Brasil, mídias sociais e sites de vídeos online, como o YouTube, são meios de informação e entretenimento para 48% do brasileiros.
Por conta dessa mudança de hábito, que vem sendo vista desde o "boom" da Internet, as empresas estão investindo cada vez mais em publicidade online. Segundo o Interactive Advertising Bureau (IAB Brasil), só neste ano, o segmento deve faturar R$ 4,7 bilhões - um aumento de 37,3% em relação a 2011.
Hábitos virtuais
As redes sociais crescem e morrem rapidamente. O Pinterest, que ascendeu, virou o "queridinho" no começo do ano e agora está morrendo, é uma prova disso. Mas, segundo a Wave 6, além das redes sociais, alguns "hábitos virtuais" também têm seu momento de glória e queda. Em 2009, 65% dos 136 mil usuários pesquisados criavam tópicos em fóruns. Em 2011, apenas 55% continuavam com essa prática. Já o "ato" de criar blogs se mantém estagnado desde 2008.
O que o internauta mais faz na Internet?
Você já parou para pensar o que o internauta mais faz na Internet? Pois saiba que 64% deles enviam mensagens para amigos, 62% entram na web para atualizar seus perfis nas redes sociais, 59% publicam fotos e procuram por velhos amigos e 52% acessam as redes para atualizar seus status. O Wave 6 também mostrou que, nos últimos seis anos, 21% dos internautas entraram na Internet para fazer compras e 38% acessaram a rede para se filiar a algum grupo na Internet ou página de seu interesse.
Segurança não é tão importante - pelo menos no Brasil
O que mais importa: não perder nada do que acontece nas redes sociais ou não ter seus dados divulgados na web? Por incrível que pareça, usuários de países como Brasil, Egito, China, México, Coréia do Sul e Índia se preocupam mais em ficar informados nas redes sociais do que com a segurança de seus dados.
Já os usuários de França, Itália, Turquia, Alemanha, Estados Unidos, Canada, Polônia, Japão, Inglaterra e Espanha consideram a privacidade como prioridade no mundo digital.
Os sites vão morrer?
Quando você busca informações sobre uma empresa, onde você procura? No site? Até pouco tempo atrás isso, era comum. Hoje, no entanto, esse cenário está mudando, principalmente entre os jovens. Em 2008, 85% das pessoas com idade entre 16 e 24 anos procuravam dados empresariais em sites. Em 2011, apenas 65% continuaram com esse hábito.
Isso mostra que tanto os jovens, como os adultos estão mudando a maneira como buscam informações sobre uma empresa na Internet. Além de telefone, e-mail etc., essas pessoas querem um ambiente que promova interação social.
Redes sociais versus sites
Seja para se atualizar, aprender algo novo, fazer contatos profissionais, pesquisar opiniões ou explorar o mundo, o Facebook, Twitter, Google Plus e outras milhares de redes são mais utilizadas que os tradicionais sites empresariais.
Cada um no seu quadrado
A pesquisa Wave 6 mostrou que cada segmento chama de formas distintas a atenção do seu público. No ramo de moda, por exemplo, dar ao usuário acesso a eventos e a possibilidade de desenvolver novas habilidades (aprender algo novo com a marca) são os fatores que mais geram interação.
Na área de software, dar respostas individuais aos questionamentos e espaço para sugestões sobre o desenvolvimento de produtos foram as "atitudes" que mais geraram repercussão, conforme gráfico abaixo.
Informações sobre a atuação dos usuários no meio digital são essenciais para o desenvolvimento de um planejamento de marketing digital. E como a Internet muda a cada minuto, nunca é demais se informar com mais uma pesquisa, certo?
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